...estaladores em busca de seus passos, corredores em busca de sua pele...

     
    Brilhante, comovente e assustador, isso é o resumo de The Last Of Us, um dos games que ganhou um lugar ao sol nesta geração PS3. 

   Quem jogou uma vez, jogou duas vezes e com a mesma sensação de se sentir aflito em alguns momentos, e até mesmo terminar o game com um nó na garganta. 



   Em todos os sentidos o game teve seu mérito merecido, uma trilha sonora de chegar ao ponto de ser chamada de perfeita para cada momento do jogo.
  

  O criador da trilha sonora do game, Gustavo Santaolalla soube preencher o vazio que tinha no ambiente do game, prédios destruídos, ruas desertas, o excesso do vazio foi preenchido com o ritmo suave e profundo dos acordes do músico, o cenário faz qualquer jogador parar por alguns minutos para apreciar a perfeição, os detalhes de cada canto, cada casa destruída, cada carro enferrujado, cada gota de chuva que escorria pela janela com um realismo que resulta todo o trabalho de uma desenvolvedora valer a pena.



  Cada detalhe que fazia com que o jogador se sentisse dentro do ambiente, dentro da vida de um dos personagens, uma vida praticamente sem rumo, cheia de esperanças que a cada capítulo era destruída, era abalada, fazia as vezes parecer em vão toda aquela correria, aquela tensão, aquele medo de ter um companheiro de guerra se tornar uma daquelas coisas.



   Havia momentos que tudo era perfeito, a paisagem, a calma, a brisa, era como se sentar em meio a destruição e ver suas esperanças serem renovadas, mais como dizia Ellie "tem seus defeitos", após a calmaria, sua fé, sua esperança em algo que nem você mesmo sabia era testada 
   
   Estaladores em busca de seus passos, corredores em busca de sua pele, rebeldes em busca de sua comida e suas armas e vaga-lumes em busca de uma cura, de um motivo, para continuar vivendo em um mundo devastado e dividido entre infectados, rebeldes e sobreviventes. Em muitos casos os infectados são os menores dos seus problemas!



   Foi publicado pela Sony um clipe traz quadros recheados de arte conceitual. Desde ambientação, elementos de cenário e iluminação de vilarejos abandonados até detalhes quanto às faces desfiguradas dos seres não humanos, que vagam, famintos, por um mundo opaco.
  
  É curioso notar que, sem palavra alguma, a narrativa deste último vídeo é capaz de revelar parte do que tanto se passou pelas brilhantes mentes dos criadores de The Last of Us. Note que, até a altura dos 4 minutos, uma realidade coesa – mas ainda assim caótica – é tratada; depois, montes de pele deformados é que ocupam alguns bons e perturbadores segundos de vídeo.
   
   Seria possível dividir o sexto episódio desta série de vídeos em trechos; “a beleza do abandono” poderia bem ilustrar uma das sugestões tão belamente feitas pelo título. Passados os zumbis, armas e mais armas são mostradas; ao final, a descrença de Ellie fica estampada em suas expressões...


[Texto Paragrafo 1: 16BITS -Pedro Henrique-]
[Fonte Noticia: Baixaki Jogos]